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Às vezes alguém nos dá a luz de um caminho. Foi por aí que nasceu o Por Aqui ou Por Ali. "Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido" Fernando Pessoa
O Verão acabou. Fecha a tua alma. Cerra os olhos, sente o mar, a areia e o sol.
Nada mais.
Tão perto da mente num momento inesquecível de prazer único.
Chegou o momento de deixar ir.
O sopro morno do Outono já se adivinha no caminho.
Escuta-o na duna, na falésia.
Chegará de mansinho sem que te dês conta.
E um dia os teus passos no pontão da praia param para admirar a vaga que no mar baila, brinca e se desfaz.
Bem longe no tempo, ficaram os blues que dançaste olhos nos olhos, a cumplicidade dos sorrisos, o entrelaçar de mãos, o aconchego dum ombro, o embalar dos teus braços, os pequenos seres que te olhavam suplicando carinho, protecção.
Momentos felizes.
Ah como às vezes é difícil crescer, amadurecer e apenas recordar.
O Outono já passou e o Inverno veio para não partir.
Não há tempo para memórias. Não te escondas. Não sintas medo. É tempo de um dia esperar tentar conseguir ver a luz.
Seilá, 23 de Setembro 2015
(foto minha)
Conjugando o verbo Ser
Eu fui
Eu sou
O que serei?
Fui ave colorida livre, leve e solta
E em asas de sonhos voei desenvolta.
Sou leoa aguerrida nas artes da selva da vida
Deambulando nos trilhos, abrindo caminhos, destemida.
Serei…
Arco iris no horizonte lembrando suspiros antigos.
Barco em porto seguro, guardando desejos perdidos.
Rio de águas calmas, correndo, rumando ao seu destino.
Serei a voz enrouquecida entoando a victória de um hino.
E quando um cavalo alado com os meus olhos eu vir
Então deixarei de ser porque é tempo de partir.
Seilà, 22-01-2013