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Às vezes alguém nos dá a luz de um caminho. Foi por aí que nasceu o Por Aqui ou Por Ali. "Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido" Fernando Pessoa
Todos acabamos por ser a "folha tombada do tempo.".
A ilusão da morte existe porque nela, felizmente, não pensamos em grande parte da nossa vida.
Seilá, 27 de Agosto de 2015
Vou contar um segredo... não é bem um segredo, é mais um acontecimento insólito, inesperado, raro, irreal e um pouco assustador.
Ontem eu tive um encontro imediato do 3º grau.
A sério! Não estou a brincar, até tirei fotografia, só tenho pena de não ter uma boa máquina que captasse o que via, mas mostro mesmo assim.
Era já noite. O céu estava nublado escondendo a Lua e as estrelas.
Por baixo das nuvens, a uma "pequena" distância da terra, uma formação de feixes de luzes distribuídas em redondo, moviam-se em movimentos circulares, seis voltas para a direita e de seguida invertiam o sentido as mesmas seis voltas. Enquanto observei o fenómeno, deslocou-se lentamente mais para junto do meu prédio e por ali ficou até quando não sei, porque entretanto achei melhor correr o estore, antes que algum ET me entrasse pela janela.
O que foi não sei mas em boa verdade vos digo que até fizeram um clone de mim e me enviaram a foto por mail, sim, porque vos garanto, esta não sou eu.
Seilá, 23 de Agosto de 2015
Subi os altos degraus esculpidos em pedra, gastos pelos passos e pelo tempo da escada secular que conduzia ao cimo do pedaço da muralha da cidade, ainda resistente ao passar de longos anos.
Deslumbrei-me com a paisagem em redor. Tudo era apenas natureza, beleza, silêncio calmo.
Lá em baixo deslizava tranquilo o rio. Mais parecia adormecido embalado no abraço morno das montanhas rochosas aquecidas pelo sol de Julho que lhe desenhavam e amparavam o leito.
À memória chegavam ecos dos milénios de história.
De olhos fixos nas calmas águas, um convite de frescura, entendi.
Infinitamente antes da existência dos degraus que subira, do resto da muralha onde prendera meus pés, existia o rio, cumprindo a sua história, encaminhando as águas ao seu destino certo.
E apesar disso, aquelas águas que passavam, nunca eram as mesmas.
Quantas verdades absolutas nosso mundo guarda, verdades que nem sempre absorvemos.
Seilá, 29 de Julho de 2015